O
dia 17 de outubro é reconhecido pelas Nações Unidas como o Dia
Mundial para a Erradicação da Miséria. Este ano promovemos um
encontro na Toca da Liberdade com parceiros do CDDH, OcupaAlemão e
ATD Quarto Mundo para discutir "Pobreza, extrema pobreza e miséria" a partir das nossas diferentes vivências e interpretações da realidade. Tivemos um dia bem produtivo debatendo sobre favelas da região serrana e metropolitana, comunicação alternativa e direitos humanos.
A história da Sereia Iara |
Na parte da manhã, fizemos juntos uma Biblioteca de Rua com a participação de muitas crianças.
Depois da história, a criançada se divertiu fazendo teatro |
O
almoço foi preparado e oferecido pela comunidade do Caxambu, que deu
um show de acolhida, organização e participação no evento. Também
foram produzidos arranjos de flores como presentes para os
convidados.
Na
parte da tarde fizemos uma Roda de Conversa com muita troca de
experiências, como cidadãos e ativistas para a melhoria, não só
do lugar onde moramos, mas de nossas próprias vidas.
É
a partir de encontros como estes, onde promovemos o diálogo e a
troca de saberes, que podemos ter uma visão mais abrangente, mais
real e mais justa diante de todos os problemas e mazelas que advém
da miséria e a violação de direitos que ela representa.
Estas
histórias não são individuais, elas se inserem numa luta mundial
para promover a dignidade de cada ser humano. Como a Tatiane,
moradora do Caxambu e parte da Brasil pela Dignidade nos ensina: “Só
quando a gente se unir é que vamos poder acabar com a miséria.
Precisamos de união.”
Deixamos
assim, esta reflexão como uma leitura que possa nos motivar a seguir
em frente, como participes de uma sociedade mais justa.
Alguns comentários de quem participou:
Raull Santiago (OcupaALEMÃO): Nossa conclusão deste encontro é que "Na Cidade Imperial o império continua segregando". São muitas as dificuldades em se viver numa cidade imperial, a segregação é forte e perceptível, lá a cidade partida é exposta! Porém, as resistências existem e em Petrópolis, no Morro dos Anjos, pudemos conhecer uma galera que se dedica a transformação presente e futura de sua cidade ao acreditarem nas crianças e as potencializarem a partir do incentivo a leitura e resgate do ser criança com brincadeiras e contações de histórias!
Luiza Gabriela (Moradora do Morro dos Anjos e integrante da Brasil pela Dignidade): Nós aqui da Comunidade adoramos também a rede que formamos, e posso garantir que este encontro deixou muitos aprendizado pra todos nós...
Raquel Monteiro (integrante do Raio de Luz): Creio que todos saímos do encontro ainda mais conscientes de continuarmos neste propósito: de lutar contra a miséria e mudar o significado desta palavra que tem sido utilizada de forma contrária. E, principalmente estarmos lutando pelos direito à dignidade daqueles " que ainda não têm nome”.